Adolescência infantil: e a casa, como fica?

07 julho 2017

Saiba como manter a organização quando se tem em casa uma criança passando pela fase da adolescência infantil e parece estar sempre ligada em 220 volts!



Decorado Casa Bilbao em Catanduva/SP


É fato e notório: existe a adolescência infantil. Internacionalmente chamada de Terrible Two (os terríveis dois anos), essa fase do bebê parece deixar tudo em volta uma completa loucura. A criança espalha brinquedos por todos os lados e faz pirraça quando os pais pedem para guardá-los, tira tudo do lugar para poder escalar, atira objetos no chão com rebeldia e dá a impressão de ser um furacão arrebatador em um corpo tão pequenino.

 

Diante deste cenário, torna-se um desafio para as famílias conseguir conciliar a energia dos bebês com a arrumação da casa. A designer de interiores e psicóloga Fabiana Visacro dá algumas dicas.  

“O primeiro pensamento deve ser o de conseguir gerar, por meio da ambientação da casa, a possibilidade da criança exercer sua autonomia. Para saber como lidar com a criança neste momento, é necessário entender o que acontece no mundinho dela. Nesta hora, ela está se descobrindo e descobrindo o mundo, se sentindo capaz de realizar pequenas tarefas que para ela são carregadas de muito significado: dormir em uma cama, assim como os pais ou o irmão mais velho, colocar a blusa ou o short, calçar o chinelo e até segurar no corrimão da escada e descê-la sozinha. Com a organização do seu espaço, a criança se sente mais segura e motivada a realizar tarefas que a farão, cada dia mais, desenvolver o processo motor e cognitivo”, relata.



Decorado Mansões do Lago em São Paulo/SP


Um dos principais ambientes da casa, de fundamental estima para a criança, é o seu quartinho. Ali se devem concentrar as ações mais importantes, como explica Fabiana. “No seu quarto, as suas roupas do dia a dia, estejam elas no cabide ou gavetas, devem ficar na parte baixa do armário. Se a criança já frequenta escolinha, mostre a ela onde está o uniforme e explique as peças que o compõem (tênis, meia, short, blusa...). Monte no quarto dela uma área de produção. Também é importante uma bancada própria para sua altura, com uma gaveta para seus desenhos e lápis, e uma cadeirinha confortável. Assim ela entenderá desde cedo que suas produções devem acontecer ali e não nas paredes da casa! Se possível, organize nesta mesma área, uma exposição dos seus rabiscos e renove-os sempre com o passar do tempo. Um varal feito de barbante e alguns clips em forma de pregador de roupa ficam um charme para prender os desenhos”, sugere.

A designer também indica o uso de guarda volumes dentro do quarto, que podem ser em forma de gavetas ou baús e que tenham à frente formas em círculos, triângulos ou quadrados vazados para que depois da brincadeira a própria criança possa recolher os seus brinquedos e guardá-los através destes "furos" nas portas dos armários.

 

Além do seu cantinho particular, os demais ambientes da casa também merecem atenção, pois como ressalta a profissional, uma criança de dois anos ainda não tem coordenação suficiente para lidar com adornos e, portanto, seria mais adequado usá-los em locais que elas não tenham acesso.

“Receber uma bronca por ter estragado um adorno por falta de total destreza aos dois anos de idade, pode comprometer a autoconfiança dela desnecessariamente. É importante que os pais entendam bem que as birras e as oposições são feitas porque elas se sentem ameaçados em sua condição básica de ser um indivíduo que pensa e executa segundo suas vontades e instinto de sobrevivência. Como os filhos se espelham em gestos, falas e atitudes dos pais, ao perceberem que não são respeitados neste sentido, além de se sentirem desqualificadas, as crianças absorvem a ideia de que agir exatamente da mesma forma pode lhe trazer retornos positivos. Por isso a grande importância de fazer a leitura correta de cada birra”, encerra.



Decorado Reserva Itatiaia em Resende/RJ

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