Sobrou dinheiro? Compre um imóvel!

04 dezembro 2008

Comprador com as chaves de seu apartamento em mãos
Diante do cenário de incertezas na economia, o setor imobiliário – uma tradicional opção de investimento há décadas – tem se tornado um atrativo também para quem buscava aplicações mais arrojadas. Investir em imóvel já era bom negócio quando a economia brasileira estava a todo vapor, no primeiro semestre de 2007.

Agora, quando a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) já acumula perdas de 42,7% no ano, cresce ainda mais a procura por apartamentos residenciais nas administradoras de imóveis. São clientes em busca de rentabilidade a médio e longo prazo.

Investir em imóvel é garantia de retorno financeiro

O publicitário Artur Eliezer migrou da bolsa para os imóveis há cinco anos e não tem motivos para se arrepender. “O investimento no setor é seguro, porque tem uma base sólida. Além disso, já acompanhei outras crises na economia e nunca vi esses bens se desvalorizarem”, diz. Quando investiu na bolsa de valores ele não teve perdas, mas ficou inseguro. “Por não ser um conhecedor da área, fiquei receoso.

Com os imóveis, a rentabilidade foi muito maior do que eu esperava”, conta. No primeiro semestre de 2007, os bons ventos do mercado de ações quase o levaram a recuar. “Fiquei tentado a aplicar na bolsa, mas a falta de conhecimento específico logo me fez desistir.”

Custos vs Investimentos

Ele tem procurado imóveis ainda na planta, onde é possível conseguir melhores condições na compra. Hoje, é dono de quatro apartamentos no Buritis e um no São Lucas. O primeiro será entregue no mês que vem e o investimento médio em cada um deles é de cerca de R$ 250 mil. “Tenho procurado adquirir um imóvel por ano e, por enquanto, tem dado certo. Antes de concentrar meu capital no setor, era difícil ter liquidez para comprar com essa freqüência”, revela.

De acordo com o diretor da Lar Imóveis, Luiz Antônio Rodrigues, nos últimos 12 meses os imóveis residenciais obtiveram uma valorização média de 50% a 60%. Além disso, o aluguel do apartamento proporciona um rendimento mensal de cerca de 0,6% em relação ao seu valor total. “São investimentos palpáveis. Os clientes pegam a escritura e passam a usufruir imediatamente”, diz.

Valorização no setor imobiliário

Segundo ele, esse investidor tem um perfil definido: compra lojas ou galpões em centros comerciais na Região Centro-Sul e também apartamentos pequenos – mais valorizados para locação, já que a oferta é muito pequena –, que podem render até 1% do valor investido.

Essa valorização, no entanto, afasta potenciais compradores. “O imóvel comercial é um sonho meu, mas o custo é muito elevado. O preço das lojas é tão alto que, no meu caso, acaba inviabilizando a compra. A venda desses imóveis acaba limitada aos peixes grandes”, lamenta o publicitário.

Paulo Boa Nova - Estado de Minas - Domingo 30/11/2008

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